sexta-feira, 22 de março de 2013

Por uma qualquer ironia da vida, sendo eu uma excelente (sim, excelente) cozinheira, a verdade é que o frango assado me aterroriza. Geralmente quando o faço para mim fica maravilhoso, lá ando eu a bradar aos céus que o meu frango é que é e que mais suculento do que aquilo não há. Afirmo convicta que o peito não fica nada seco e, quem me ouve, lá começa a salivar. Sucede que quando cozinho para mais alguém e decido assar a ave, a coisa não corre bem. Acho que me sinto pressionada e às tantas acho que um dia dentro do forno é pouco e tenho de ter cuidado com as salmonelas. Lá fica o bicho seco como palha e as pessoas lá me passam o atestado de demente com devaneios de chef de cuisine. Ora, decidi fazer frango assado para o jantar e o meu Caetano deve ter as expectativas altas já que, recentemente, me gabei até não poder mais de um frango que fiz e ontem ele me viu a massajá-lo com a marinada como uma mãe massaja a cria. Não tenho provas dos meus sucessos anteriores, é verdade, e as minhas papilas gustativas recusam-me a prestar depoimento maneiras que, ou me calha bem o bicho de hoje, ou lá se vai a minha credibilidade. Eu não sei se vos acontece o mesmo mas eu olho para ele e nunca sei o que vai lá dentro. Se já está para lá de seco ou se ainda posso vir a apanhar uma caganeira amarelo ovo porque ainda está cru. Bem sei que existem termómetros e merdas sofisticadas, mas eu sou uma gaja tradicional. Eu cozinho à Kamikaze.

3 comentários:

Anónimo disse...

Cozinhar com temporizador? Mas isso tira a piada à coisa. O lindo do cozinhar é arriscar, é tipo euromilhões, ou é uma merda ou é fantástico e tu ficas nas nuves .-D

Arisca disse...

princesadepantufa, eu gosto mesmo é de cozinhar às cegas :D

Dani disse...

Eu então nem provou a comida quando estou a cozinhar, fará ver a temperatura. Mariquices!

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