quinta-feira, 11 de abril de 2013

Do que importa

A minha vida tem sorrido. Tem sorrido muito. Tenho sido feliz, tenho tido muito sucesso profissional, tenho tido muita sorte (e muito trabalho investido também). Mas sou daquelas pessoas que nunca quer ter sucesso sozinha, que quer sempre que aqueles de quem gosta tenham o mesmo ou mais ainda. Por isso fico muito feliz, mesmo mesmo feliz, quando vejo o meu Caetano entrar numa expansão boa, tão merecida. Fico muito feliz quando lhe aparecem oportunidades irrecusáveis, quando lhe elogiam o trabalho, quando eu o vejo e me rio, quando ele me dá a ler ainda em estado embrionário e eu já não tenho dúvidas que vai ter sucesso. O meu Caetano não fica feliz por fora, como costumo dizer, mas quero acreditar que se dá o direito de alguma alegria interior. É um homem reservado, sem grandes exageros emocionais, e eu gosto muito dessa tranquilidade. Mas gostava muito de ter a certeza que ele sente a mesma alegria que eu sinto quando o vejo conseguir alguma coisa. Gostava também muito, tanto, que os meus três amigos que neste momento precisam de emprego, ou de mudar de emprego, o tivessem. Não só porque os adoro mas porque sou egoísta e isso contribui para a minha felicidade, sabê-los bem. Eles podem nem saber mas torço sempre por eles. Gostava que a minha mãe não se preocupasse tanto com o negócio e que o meu pai não andasse ainda em tribunal depois de 30 anos investidos numa empresa que lhe deu cabo da saúde e lhe faltou com tudo no fim, até com decência. Eu não posso dizer que desejo bem a toda a gente porque a verdade é que, se dependesse de mim, alguns explodiam num estalar de dedos, mas eu gostava mesmo que os meus estivessem sempre bem. Que estivessem agora tão felizes como eu. E sei que um a um, todos me vão dar alegrias como a que o Caetano me deu hoje. Ele não entende, mas é como se fosse minha. E às vezes lembro-me de alguém que não há muito tempo me desejou mal, muito má sorte, muita infelicidade, do fundinho do coração, acreditem, e só consigo perceber que a vida tem tanto de madrasta como de justa. A minha é boa. Enfim, parabéns, texugo!

3 comentários:

A Chata disse...

Amar tabém é sentir as dores dos outros. Mais que a felicidade.

Que isso corra tudo bem por todos os lados :)

Risota disse...

Olha miúda, tu escreves coisas do catano (e do Caetano tb).
Vai daqui o abracinho virtual porque tudo o que escreveste aqui me tocou (mais uma vez) o coração.
Desejo mesmo que a vida te sorria sempre. SEMPRE!

Arisca disse...

Chata, sim, é verdade. Mas mil vezes sentir alegrias :)

Risota, oxalá! E a ti também! :*

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